sábado, 20 de junho de 2009

Expressões Idiomáticas


Uma expressão idiomática ou expressão popular, na língua portuguesa, é uma expressão que se caracteriza por não ser possível identificar seu significado através de suas palavras individuais ou de seu sentido literal.


"Ah, isso?! Isso é só para inglês ver!"

Ahn?!

Ok, ok. Todo mundo sabe o que alguém está querendo dizer quando pronuncia estas palavras. Mas eu, não satisfeita com o significado, sempre fui de ficar pensando: "quem inventou isso? O que um inglês tem com isso? Por que não pode ser um alemão, um japonês?"

Não sei, mas expressões sempre me deixam pensativas. Então resolvi pesquisar de onde surgiram algumas frases que sempre pronunciamos, todo mundo entende mas ao mesmo tempo nem sabe o que está falando:

À beça (gíria de idosos)

No Rio imperial, havia um comerciante rico chamado Abessa, que adorava ostentar roupas de luxo. Quando alguém aparecia fazendo o mesmo, dizia-se que ele estava se vestindo à Abessa, ou seja, como o comerciante.

A carne é fraca

Essa expressão retirada da bíblia representa a dificuldade de se resistir a certas tentações.

A vaca foi para o brejo

Quando a seca é mais violenta, os animais começam a procurar os brejos, regiões que permanecem alagadas por mais tempo. É sinal de que a situação piorou.

Aliança de casamento na mão esquerda

Os gregos acreditavam que o 3º dedo da mão esquerda possuía uma veia que se ligava diretamente ao coração.

(onnnn, que lindo!)

Andar à toa

Toa é a corda com que uma embarcação reboca a outra. Um navio que está "à toa" é o que não tem leme nem rumo, indo para onde o navio que o reboca determinar. Andar sem destino, despreocupado, passando o tempo.

Deu zebra

Não há zebra no Jogo do Bicho. “Dar zebra” é acontecer uma coisa impossível, que não estava prevista.

Disputar a negra (para os viciados em buraco, como eu)

Os senhores do séc. XVIII, quando jogavam, o troféu era, quase sempre, uma negra escrava. O termo é usado até hoje em "peladas" e "rachas" de futebol.

Dor de Cotovelo

A expressão teve origem nas cenas de pessoas sentadas em bares, com os cotovelos apoiados no balcão bebendo e chorando um amor perdido. De tanto ficar naquela posição, as pessoas ficavam com dores no cotovelo. Atualmente, é muito comum utilizar essa expressão para designar o despeito provocado pelo ciúme ou a tristeza causada por uma decepção amorosa.

Fazer nas Coxas

A origem vem da época dos escravos, que usavam as próprias coxas para moldar o barro usado na fabricação das telhas. Como as medidas eram diferentes, as telhas saíam também em formatos desiguais. E o telhado, “feito nas coxas”, acabava torto.

Lua-de-mel

Há mais de 4 mil anos, os habitantes da Babilônia comemoravam a lua-de-mel durante o primeiro mês de casamento. Nesse período, o pai da noiva precisava fornecer ao genro uma bebida alcoólica feita da fermentação do mel. Como eles contavam a passagem do tempo por meio de um calendário lunar, as comemorações ficaram conhecidas como lua-de-mel.

Não Entendo Patavinas

Os portugueses encontravam uma enorme dificuldade de entender o que falavam os frades italianos patavinos, originários de Pádua, ou Padova, sendo assim, não entender patavina significa não entender nada.

Para inglês ver

Em 1830, pressionado pela Inglaterra, o Brasil começou a aprovar leis contra o tráfico de escravos. Mas todos sabiam que elas não seriam cumpridas. Falava-se, então, que as leis eram apenas para inglês ver.

Pode tirar o cavalinho da chuva

Os visitantes das fazendas, mesmo quando estava chuvendo, atrelavam seus cavalos à cerca. O fazendeiro, se quisesse que o visitante demorasse, dava ordem para que ele “tirasse o cavalo da chuva”. Era um convite para ficar.

Voto de Minerva

Orestes, filho de Clitemnestra, foi acusado pelo assassinato da mãe. No julgamento, houve empate entre os acusados. Coube à deusa Minerva o voto decisivo, que foi em favor do réu. Voto de Minerva é, portanto, o voto decisivo.


E, para fechar com "chave de ouro":


Afogar o ganso

No passado, os chineses costumavam satisfazer as suas necessidades sexuais com gansos. Pouco antes de ejacularem, os homens afundavam a cabeça da ave na água, para poderem sentir os espasmos anais da vítima.

Retirados do site: www.amigosdolivro.com.br


(Por que "Chave de ouro"??afff...viu? começou...)

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Hoje eu vou me encher de polifenóis...


Sexta-feira, frio e o clima pacífico campestre de "A Fazenda" combinam com vinho (tinto e seco, por favor, o resto é suco de uva). O vinho (mais propriamente a uva) contém polifenóis, os quais possuem propriedades antioxidantes, antialérgicas, antivirais e antiinflamatórias. Além da uva, os polifenóis estão presentes no azeite, em frutas como o tomate e alguns vegetais, inclusive no quarto estado físico da água: o chuchu.

Uma das propriedades mais importantes dos polifenóis é o fato de estes serem antioxidantes, o que significa que ao invés de uma célula do nosso corpo se oxidar, ele se oxida no lugar dela. Por isso que as velhinhas que tomam um cálice de vinho todos os dias tem uma cútis parecendo um pêssego! Então, mais vale ir no mercado comprar uma garrafa de Chalise do que gastar dólares e dólares em cremes da Lancôme. Afinal, pobre se vira como pode.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Não é de hoje...


Em 1502, passado o choque de ver tantos índios pelados e achar que o Brasil tinha mais ou menos uns 120 km de extensão (Caminha e sua noção de espaço), Portugal manda um tal de Fernando de Noronha dar uma sondada na situação. Claro que ele não era apenas um tarado que veio ver com os próprios olhos a indiada pelada, veio procurar metais preciosos para encher mais ainda a bunda de dinheiro (a do rei, claro).

Primeiro ele chegou numa ilha que pertence ao atual estado de Pernambuco. Ilha cujo nome me nego a citar, por questões óbvias. Ele deu um rolé por lá e não achou nada, então resolveu entrar no continente mesmo, pra não perder a viagem. Como ele deve ter procurado que nem a cara dele, não achou nada de ouro no continente também. Cansado e já com torcicolo de tanto olhar pro chão e não ver nada brilhar, resolveu olhar pra cima e avistou uma árvore até que bem bonitinha, o PAU BRASIL. Os Portugueses já conheciam a árvore da Índia (are baba!) e já sabiam que de sua casca se extrai uma tintura vermelha, que na época era assim, um espetáculo! Fernando de Noronha, apesar de ser português não era bobo nem nada, arrendou um pedaçinho de terra e mandou ver com a serra elétrica, em troca defendia o litoral brasileiro e pagava imposto pela madeira extraída: o QUINTO. Claro que já começaram a abusar dos índios e fizeram eles trabalharem em troca de bugigangas e quinquilharias, mas os pobres coitados aceitavam e ainda ficavam felizes. Mas como não é de hoje que no Brasil ninguém-é-de-ninguém, outros países Europeus também queriam um pouco de tinta vermelha pra colorir a vida. França, Espanha, Holanda e Inglaterra já foram chegando, pegando uma arvorezinha aqui, uma avezinha exótica ali e tudo já virou uma bagunça. Tu vê, não é de hoje!